Voltar Página Principal
Search

 

        

 

Representante da República para a Região Autónoma dos Açores

 

Alocução na Transmissão do Comando da ZMILA – 08AGO2022

 

 

Permitam-me aqui que, em breves palavras, exprima o meu reconhecimento pela distinção que me é concedida pelo Exército Português.

É para mim uma honra e tem um significado muito especial, não só pelas funções que venho desempenhando há 11 anos nesta Região Autónoma como Representante da República, mas também como o diplomata que fui e em que representei Portugal numa longa carreira profissional, muito ligada, em circunstâncias diversas, às Forças Armadas do meu país.

Mas é sobretudo como cidadão que sinto no meu coração, e me dá a maior alegria, a generosa decisão de Sua Excelência o Senhor General Chefe do Estado-Maior do Exército.

Para mim, como certamente para a grande maioria dos meus compatriotas, as Forças Armadas constituem o esteio, um dos pilares mais fortes e os alicerces da nossa Pátria comum. Foi assim no passado e assim continuará no futuro.

O seu papel histórico desde a fundação de Portugal e através de sucessivas gerações nos quase 900 anos da nossa existência como Nação, foi fundamental para que hoje nos possamos sentir como uma comunidade comungando dos mesmos valores, uma sociedade regida por princípios democráticos, em que todos podemos conviver em liberdade e exercer os nossos direitos e as nossas escolhas.

 

O Exército não é hoje, certamente, o que foi no começo da nossa nacionalidade. O mundo é diferente e o relacionamento das gentes e dos povos rege-se por princípios bem diversos do que foram no passado.

A guerra e a paz estão hoje – ou, melhor dizendo, deveriam estar – num contexto que deveria dispensar uma mobilização e um estado de alerta permanentes, sobretudo num país como o nosso, bem integrado na União Europeia e no sistema de segurança coletiva que é a NATO, organizações que promovem a paz e a construção de um mundo melhor e mais justo.

Mas o papel de umas Forças Armadas adaptadas ao mundo moderno na liberdade e democracia, continua a ser fundamental e os acontecimentos recentes, no coração da Europa, bem o têm demonstrado.

As Forças Armadas têm hoje e continuarão a desempenhar no futuro, uma ação indispensável, como garantia das nossas instituições e modo de vida e como proteção, sem a qual não teríamos a tranquilidade em que vivemos.

Senhor General Chefe do Estado-Maior do Exército:

Muito obrigado pela honra que me é concedida e muito obrigado também a Vossa Excelência e ao Exército pela vossa atuação em prol de todos nós e do bem comum.

 

Pedro Catarino

Ponta Delgada, 08AGO2022